Categoria guitarra.
Notações de Tablaturas
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As tablaturas podem representar diversos detalhes de um solo de violão ou guitarra além das notas como efeitos a serem feitos com os dedos da mão esquerda, por exemplo.
- Números
O principal conteúdo das tablaturas são os números. Cada número representa a casa que deve ser pressionada quando a respectiva corda for tocada. Detalhe para o número zero, que indica que a corda deve ser tocada solta.
e|---0-----1-----2------3-----4-----5------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de números em uma tablatura.
- Hammer-on
A técnica de hammer-on consiste em pressionar uma nota posicionada na mesma corda da última nota tocada, com uma tonalidade mais alta e sem tocar novamente na corda com a mão direita.
Essa execução deve ser feita de modo a emitir o som da nota tocada, mesmo sem ter a corda tocada com a outra mão.
A letra que representa o hammer-on é o h:
e|---0h1-----2------3h4-----5--------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de hammer-on em uma tablatura.
- Pull-off
O pull-off é a ação contrária do hammer-on. O violonista (ou guitarrista) deve soltar uma nota que está sendo tocada pressionando, antes disso, o dedo em uma nota localizada na mesma corda com uma tonalidade mais baixa. A técnica deve emitir o som da nota mais grave sem que seja necessário bater novamente na corda com a outra mão.
A letra que representa o pull-off é o p:
e|---5-----4p3-----2-----1p0---------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de pull-off em uma tablatura.
- Bend
Essa técnica trata-se de empurrar a corda para cima com o dedo que está pressionando uma determinada nota. Ao empurrar essa corda, o som se transformará em uma nota de maior tonalidade, como se a corda estivesse mais esticada (o que de fato ocorre).
A letra que representa o bend é o b e o número posicionado à sua direita representa qual nota o efeito deve emitir:
e|---1b2-----2------3b4-----5--------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de bend em uma tablatura.
- Slide
O slide é uma técnica bastante comum nos solos. Trata-se de escorregar o dedo para uma casa vizinha sem tocar novamente a corda. Os slides podem ser feitos tanto para uma nota mais aguda quanto para uma nota mais grave.
Para representar um slide são utilizadas barras. A barra / indica que o slide deve ser feito para uma nota mais aguda, enquanto a barra \ para uma nota mais grave.
e|---1/2-----2------4\3-----2--------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de slide em uma tablatura.
- Vibrato
O vibrato representa que a pressão exercida sobre a corda deve variar, emitindo um som vibrante, sem retirar o dedo da corda.
O símbolo utilizado para representar o vibrato é o til: ~
e|---1-----2~-----3------5~--------------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de vibrato em uma tablatura.
- Tap
Essa técnica consiste em pressionar uma corda em cima de uma traste, ao invés de ser no centro de uma casa. É mais utilizada em solos rápidos, produz um efeito metálico na nota tocada.
A letra utilizada para representar o tap é o t:
e|---12t-----13t-----14t-----------------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de tap em uma tablatura.
- Abafar
O efeito de abafar uma nota com o dedo que pressiona as cordas consiste em não utilizar a força necessária para que a nota saia limpa, porém na posição correta da nota.
A letra utilizada para representar esse efeito é o x:
e|---12x-----13x-----14x-----------------------------------------|
O exemplo acima mostra a notação de abafar em uma tablatura.
Afinando Manualmente
Hoje em dia existem afinadores eletrônicos que podem ser utilizados para a preparação do instrumento. Apesar disso, muitos preferem afinar corda a corda, no método tradicional. Bons músicos precisam saber como afinar seu próprio instrumento.
Para afinar cada corda você precisará ajustar a tarracha da respectiva corda até que o seu som fique adequado.
Vamos apresentar um paasso-a-passo de como afinar o violão ou guitarra:
- Vamos começar pela sexta corda de baixo pra cima, o Mi mais grave.
Escute aqui o som da sexta corda do violão. - Agora vamos para a quinta corda, o Lá.
Essa corda deve ter o mesmo som da sexta corda tocada na quinta casa.
Escute aqui o som da quinta corda do violão. - Agora vamos para a quarta corda, o Ré.
Essa corda deve ter o mesmo som da quinta corda tocada na quinta casa.
Escute aqui o som da quarta corda do violão. - Afinadas as 3 de cima, vamos para a terceira corda, o Sol.
Essa corda deve ter o mesmo som da quarta corda tocada na quinta casa.
Escute aqui o som da terceira corda do violão. - Afinadas as 4 cordas, vamos para a segunda corda, o Si.
Essa corda deve ter o mesmo som da terceira corda tocada na quarta casa.
Escute aqui o som da segunda corda do violão. - Agora a última corda a ser afinada, o Mi agudo.
Essa corda deve ter o mesmo som da segunda corda tocada na quinta casa.
Escute aqui o som da primeira corda do violão.
Repasse todas as cordas para ter certeza que seu violão está corretamente afinado.
Pronto, agora é hora de tocar!
Curiosidades Sobre o Violão
Em outros países que não falam a língua portuguesa, o nome do Violão é guitarra, em inglês diz-se Guitar, em francês Guitare, em alemão Gitarre, em italiano Chitarra e, em espanhol Guitarra.
No Brasil, quando fala a palavra guitarra, estamos nos referindo a um instrumento elétrico chamado guitarra elétrica, isto porque os portugueses que introduziram esse instrumento no Brasil possuem um instrumento que se assemelha muito ao violão e que equivale á nossa “Viola Caipira”.
Os portugueses possuem um instrumento que possui as mesmas formas e características do Violão, sendo apenas pouco menor, denominado de viola portuguesa, quando os portugueses viram a guitarra espanhola, que era igual a sua viola (apenas um pouco maior), colocaram o nome do instrumento no aumentativo, de viola para violão.
Origem do Violão
Os musicólogos, quando falam sobre a origem da guitarra (violão), citam duas hipóteses prováveis sobre a origem desse instrumento musical. Uma delas é a de que o violão tenha sido derivado do alaúde Caldeu-Assírio que os Egípcios, os Persas e os Árabes levaram junto para a Espanha; a outra hipótese é de que o violão sofreu diversas transformações e adaptações a partir de um instrumento grego denominado Kethara Grega ou Assíria (que foi precursora da Cítara ou Fidícula romana), da Rotta ou Crotta medieval inglesa e, finalmente, da Vihuela que surgiu na Espanha no Século XVI.
É bastante provável que quando os árabes chegaram à Espanha com seus Alaúdes, teriam encontrado lá a vihuela.
Quando analisamos as Cantigas de Santa Maria, do rei Alfonso X, denominado de El Sábio (1221 – 1284), rei de Castela no período de 1221 a 1284, vemos que aparecem ilustrações de dois tipos diferentes de guitarra, uma oval, com incrustações e desenhos Árabes, mas sendo tocada, por um músico Mouro, o que seria a guitarra mourisca; já outra na forma do número oito, com incrustações laterais, tocada por um músico de feições romanas, que seria a guitarra latina ou o precursor do violão.
No século XIV, Guillaume de Machault cita em suas obras a guitarra mourisca e a guitarra latina no século XVI na Espanha, a guitarra mourisca, com quatro coros de cordas, era usada para acompanhar cantos e danças populares, enquanto que a guitarra latina – a vihuela, pertencia ao músico culto da corte.
A Vihuela tinha três denominações distintas: vihuela de mano (em nada diferente do violão atual), vihuela de arco e vihuela de plectro.
A Vihuela de mano constava de cinco cordas duplas mais a primeira que era simples. Os vihuelistas além de precursores dos guitarristas do século XVII, foram também criadores de métodos e formas musicais que serviriam de base para toda a música instrumental que viria depois.
A Vihuela veio a desaparecer devido à busca de novos recursos e maior intensidade sonora. O povo, porém fiel à guitarra, continua descobrindo novos caminhos para ela, utilizando-a inicialmente para os rasgueados e acompanhamento do canto. Devido ao seu grande uso na Espanha, a guitarra passa a ser conhecida nos demais países como Guitarra Espanhola, sendo que o seu período de triunfo ocorrerá no século XVII.
História do Violão
A história do violão que hoje conhecemos, começou a ser descoberta há aproximadamente dois mil anos antes de Cristo.
Os arqueologistas encontraram placas de barro com figuras seminuas tocando instrumentos musicais, muito similares ao violão atual (1900-1800 a.C), na antiga Babilônia. Um exame mais detalhado nos mostra que há diferenças significativas no corpo e no braço.
Além de possuir algumas diferenças principalmente no corpo do instrumento e no braço, o fundo é chato e com isso não há nenhuma relação com o alaúde, de fundo côncavo. As suas cordas são pulsadas com a mão direita, e o número de cordas não se dá para precisar, mas em algumas placas pelo menos duas cordas são visíveis.
Outras descobertas de instrumentos semelhantes ao violão foram encontradas em cidades como Assíria, Susa e Luristan.
Os instrumentos de cordas pulsadas que hoje conhecemos, tiveram sua origem histórica a partir da Lira, instrumento de cordas usado pelos antigos Gregos e Egípcios.
O violão é conhecido mundialmente como guitarra e faz parte do grupo de instrumentos de cordas pulsadas, que são classificados em:
- providos de haste ou braço (Guitarra, Alaúde, Vihuela) e
- sem haste ou braço (Harpa, Lira).
A origem do violão (guitarra), é muita confusa e provavelmente tenha se originado na mesma época em que se criaram os instrumentos de cordas pulsadas como o Alaúde, a Vihuela, etc.
Durante a época em que predominou o movimento renascentista na Europa, período esse das grandes descobertas e explorações nas artes, onde o homem passa a ser valorizado, contribuindo dessa forma para o aparecimento do Humanismo.
O período renascentista revive muito da antiguidade dos gregos e romanos, principalmente no tocante as artes e na música que tinha como base os princípios gregos, sendo as formas musicais mais utilizadas para a música vocal, o Moteto, a Missa e o Madrigal, e a música instrumental a Canzona, o Ricercare, a Tocata, a Fantasia e o Tema com Variações.
O instrumento predominante neste período era o Alaúde, com exceção da Espanha, onde o instrumento que dominava era a Vihuela.